HISTÓRIA DO VOLKSWAGEM SP 2
Origem do projeto
Nos anos 70 o mercado brasileiro estava fechado as importações.
Os únicos carros esporte oficialmente feitos aqui eram o Karmann Ghia e seu sucessor, Karmann Ghia TC. Apenas fabricantes independentes atingiram algum sucesso, notavelmente o Puma.
Os únicos carros esporte oficialmente feitos aqui eram o Karmann Ghia e seu sucessor, Karmann Ghia TC. Apenas fabricantes independentes atingiram algum sucesso, notavelmente o Puma.
Projeto X
A subsidiária da Volkswagen no Brasil sempre gozou de uma certa independência da matriz alemã, graças entre outras coisas à presidência de Rudolf Leiding, que seria depois presidente da matriz. Em 1969 ele deu partida em um projeto independente, totalmente feito no país, para um carro esportivo de carroceria leve. Uma equipe liderada pelo engenheiro Senor Schiemann iniciou o que chamaram de Projeto X, e apresentaram o protótipo (executado por José Vicente Novita Martins, Marcio Piancastelli e Jorge Yamashita Oba) na Feira da Indústria Alemã em março de 1971. Mas levaria ainda mais um ano até que o carro ganhasse as ruas.
Os modelos de produção
O SP, nome final do carro, foi construído na plataforma da Variant, oferecido com o mesmo motor boxer de 1600 cc, versão chamada de SP 1, ou com um motor 1700 cc, chamado de SP 2. Este último desenvolvia 75 cv, 160 km/h e fazia 10 km com um litro, e foi a versão que prevaleceu no mercado.
Quando o carro foi apresentado, rapidamente atraiu a atenção da mídia especializada. Possuía um interior requintado, um acabamento de alto nível e muitas outras melhorias em relação à linha VW a ar da época, superior inclusive ao outro "esportivo" da Volkswagen na época, o Karmann Ghia TC.
O SP 1 logo saiu de linha, já na época do lançamento. Com baixo desempenho (apenas 65 cv em um motor 1600), ele não agradou.
Esse problema viria assombrar o SP 2 também. Na verdade, uma piada maldosa da época dizia que a sigla "SP" significava "Sem Potência".
Logo ficou claro que o carro, apesar de seu notável design, não conseguiria derrotar o Puma na performance. Embora eles usassem um motor similar, o Puma era feito em fibra de vidro, muito muito mais leve do que o aço empregado no SP2. Isso, evidentemente, refletiu-se nas vendas, assim como o próprio anacronismo do motor à ar na época. O preço do carro, empurrado para cima devido à produção em pequena escala, também não ajudava (pelo preço do carro se comprava dois Fuscas 1300 na época). Assim, o carro saiu de linha em 1976.
Com um total de 10.207 unidades fabricadas (670 deles exportados para a Europa), o carro agora é valorizado como um item de colecionador e os preços de um exemplar bem preservado podem ser bem altos.
SP3
Uma tentativa de solucionar o principal problema do SP, a potência, foi o projeto SP 3. Seria basicamente um SP 2, porém com um motor 1.8 L dianteiro refrigerado a água (AP), com taxa de compressão de 8,5:1, 100 cv SAE a 6000 RPM e dupla carburação, "emprestado" do Passat TS (a fábrica cogitou a mesma solução para o Brasília). Embora na fábrica o projeto não tenha passado de maquete, um protótipo chegou a ser construído pela concessionária Volkswagen Dacon. Externamente, o carro tinha rodas pretas aro 13, tala 6, do Passat; as aletas de ventilação foram substituídas por discretas fendas próximas à janela traseira, e uma grade preta (também do Passat) tomava toda a extensão da seção sobre o pára-choque. O diferente do projeto original da fábrica, o motor permanecia na traseira, junto com o compressor do ar-condicionado.
O radiador ficava na dianteira, junto da ventoinha, e a conexão com o motor se fazia pelo tubo central do chassis. Bancos e instrumentos Porsche (a Dacon representava esta marca antes da "proibição" das importações) compunham o interior, que recebia acabamento em preto. A transmissão, a suspensão e os freios (discos na frente e tambor atrás) eram os mesmos do SP 2, porém recalibrados para a maior potência do carro. O protótipo chegava a 180 km/h de máxima. Infelizmente, apesar do entusiasmo inicial que o carro gerou, a firma decidiu que os custos necessários para se viabilizar a produção seriam altos demais, e o projeto foi abandonado.
A concessionária chegou a oferecer o serviço de "conversão" dos SP 2 normais para SP 3, porém o preço proibitivo (cerca de 100.000,00 cruzeiros) esfriou as vendas. Atualmente o projeto sobrevive em réplicas construídas por entusiastas, seja utilizando SP 2 genuínos modificados ou seja construindo o automóvel inteiro em fibra de vidro.
O radiador ficava na dianteira, junto da ventoinha, e a conexão com o motor se fazia pelo tubo central do chassis. Bancos e instrumentos Porsche (a Dacon representava esta marca antes da "proibição" das importações) compunham o interior, que recebia acabamento em preto. A transmissão, a suspensão e os freios (discos na frente e tambor atrás) eram os mesmos do SP 2, porém recalibrados para a maior potência do carro. O protótipo chegava a 180 km/h de máxima. Infelizmente, apesar do entusiasmo inicial que o carro gerou, a firma decidiu que os custos necessários para se viabilizar a produção seriam altos demais, e o projeto foi abandonado.
A concessionária chegou a oferecer o serviço de "conversão" dos SP 2 normais para SP 3, porém o preço proibitivo (cerca de 100.000,00 cruzeiros) esfriou as vendas. Atualmente o projeto sobrevive em réplicas construídas por entusiastas, seja utilizando SP 2 genuínos modificados ou seja construindo o automóvel inteiro em fibra de vidro.
Fontes; https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/deed.pt
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